Patrimônio e Turismo
"Um dos grandes paradoxos do turismo cultural é a dificuldade encontrada na gestão do patrimônio cultural, devido principalmente aos conflitos existentes entre os interesses da comunidade local e dos turistas. Logo, para que haja a manutenção da identidade da cultura local é inquestionável que tem de se definir um ponto de equilíbrio do uso turístico para que, assim, se torne possível aproveitar as representações do passado sem deteriorar a memória das comunidades receptoras."
O planejamento adequado da Oferta turística com base no Patrimônio cultural pode ser um fator que impacta inexoravelmente uma comunidade, mas entende-se que assim pode-se gerar, nesta mesma comunidade, uma capacidade de responder às necessidades do presente (emprego, renda, preservação) sem comprometer as necessidades das gerações futuras; um processo de mudança que tem em conta a exploração dos recursos, a orientação dos benefícios, a aplicação das técnicas, a evolução das instituições, com o fim de reforçar o potencial socioeconômico do legado cultural, apto para responder às necessidades e aspirações distintas (MOSER, 2018).
Existem diversos textos sobre Turismo que dissertam sobre a Demanda Turística, "A importância do estudo da motivação da demanda turística se dá ao fato de os fluxos de turismo entre mercados emissores e receptores serem complexos e sofrerem influência de uma larga gama de fatores” (HIRATA; BRAGA, 2017). Cabe apenas explicitar que a definição a ser utilizada neste estudo é a de Mathieson e Wall (1988, p. 16) para os quais demanda turística é “[...] o número total de pessoas que viajam, ou desejam viajar, para utilizar facilidades e serviços turísticos em lugares distantes do seu local de trabalho e residência” (HIRATA; BRAGA, 2017).
Embora a análise sistemática de fatores socioeconômicos e demográficos da demanda, que inclui dados como idade, renda, educação e urbanização, entre outros, seja importante, ela se torna ainda mais relevante quando conjugada a uma análise dos indivíduos que a compõe (HIRATA; BRAGA, 2017). Essas definições não esgotam as possibilidades de análise do fator demanda, que deve ser estendida para um maior conhecimento dos consumidores, mediante estudos de preferências motivacionais do turista que se espera receber e o nível de satisfação daqueles que já passaram por determinado centro turístico. Sem esses estudos, é muito difícil saber o que deve ser feito ou construído para aumentar a demanda de todos e de cada um dos serviços dos centros turísticos e, por soma, de um país ou de uma região. (HIRATA; BRAGA, 2017, apud BOULLÓN, 2002, p. 40).
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